A Associação Nova Escola divulga e comenta, em sua newsletter de 14 de dezembro, a mais recente novidade advinda do Ministério da Educação, no final do presente governo: a criação da Base Nacional Docente.

Para saber mais a respeito do tema e identificar como a educomunicação poderia estar presente neste novo processo de formação de professores, ainda em construção, siga o resumo elaborado pelas jornalistas Paula Peres, Soraia Yoshida e Laís Semis:

Foi divulgada ontem (13/12/2018) pelo MEC a versão preliminar da Base Nacional de Formação Docente. O objetivo é fundamentar os cursos de formação inicial de professores (Pedagogia e Licenciaturas) em novos pilares, assim como a BNCC será a estrutura dos currículos da Educação Básica em todo o país. Veja aqui os principais pontos abordados pelo texto e os 10 princípios que a Base Docente tem como objetivo para todos os professores.

A novidade já era aguardada. Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em dezembro de 2017, houve também a aprovação de uma resolução que orienta a implementação da Base Nacional Docente. Entre as diretrizes trazidas pelo documento para os professores, está a adequação de normas, currículos de cursos de graduação e outros programas de formação docente inicial e continuada para atender às novas demandas trazidas pela Base. 

A revisão do documento para os docentes deve passar por um processo de construção coletiva envolvendo a comunidade educacional – de forma parecida como aconteceu com a própria BNCC.

A proposta de revisão curricular docente deve vir acompanhada de uma série de outras medidas que, conjuntamente com a revisão, devem garantir uma formação mais conectada com a realidade da sala de aula. Entre elas, estão a criação de diretrizes também para a formação continuada, mudanças na progressão na carreira e de ingresso na profissão.

Para ler a matéria completa, acesse o site da Nova Escola.

Conheça os 10 princípios para formação de professores

Segundo o que foi anunciado a respeito da Base Nacional Comum de Formação Docente, o futuro professor precisará desenvolver novas competências, a partir de dez princípios, alguns dos quais relacionados ao ideário da Educomunicação:

  1. Compreender e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para poder ensinar a realidade com engajamento na aprendizagem do aluno e na sua própria aprendizagem colaborando para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
  2. Pesquisar, investigar, refletir, realizar a análise crítica, usar a criatividade e soluções tecnológicas, para selecionar, organizar com clareza e planejar práticas pedagógicas desafiadoras, coerentes e significativas;
  3. Valorizar e incentivar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e a participação em práticas diversificadas da produção artístico-cultural para que o aluno possa ampliar seu repertório cultural;
  4. Utilizar diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora e digital para se expressar e fazer que o aluno se expresse para partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos produzindo sentidos que levem ao entendimento mútuo;
  5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas docentes, como recurso pedagógico e como ferramenta de formação para comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e potencializar as aprendizagens;
  6. Valorizar a formação permanente para o exercício profissional, estar sempre atualizado na sua área de atuação e nas áreas afins, apropriar-se de novos conhecimentos e experiências que lhe possibilitem ser um profissional eficaz e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania, ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade;
  7. Buscar desenvolver argumentos com base em fatos, dados e informações confiáveis para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;
  8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas, para poder desenvolver o autoconhecimento e o autocuidado nos alunos;
  9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza, para promover ambiente colaborativo nos ambientes de aprendizagem;
  10. Agir e incentivar, pessoal e coletivamente, com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários para que o ambiente de aprendizagem possa refletir esses valores.

Foto: Pixabay

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