#ProfessorNãoÉInimigo obteve adeptos no II Congresso Internacional de Comunicação e Educação

Logo após a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, a deputada estadual eleita por Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), abriu um canal informal para receber denúncias de alunos que presenciaram professores que discursaram em sala de aula contra Bolsonaro. Incitando a perseguição a docentes e dando forças ao projeto “Escola Sem Partido”, a atitude da deputada fez com que profissionais do Brasil inteiro mostrassem sua indignação nas redes sociais.

Um desses professores resolveu fazer mais. Felipe Schadt, pesquisador do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE/USP), mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da USP e professor da UNIFACCAMP (Centro Universitário Campo Limpo Paulista), criou o movimento “Professor não é inimigo”, que consiste em uma ação simples.

Ele convida os demais docentes a tirarem uma foto com uma das mãos segurando um objeto de trabalho, simbolizando que professores não carregam armas, e com a outra mão tapar a boca em claro sinal de que estão tentando calar os educadores. Depois disso, postar com a hashtag #ProfessorNãoÉInimigo nas redes sociais.

Na última semana, o fotógrafo e educomunicador Maurício Virgulino Silva convidou os professores presentes no II Congresso Internacional de Comunicação e Educação a aderirem ao movimento. Foram 27 fotografias (veja algumas abaixo) tiradas com participações de Ismar de Oliveira Soares, Adilson Odair Citelli, entre outros docentes e educomunicadores. Todas as fotos estão disponível na página do NCE no Facebook.

Schadt convida mais professores para participarem da campanha. “Quanto mais adeptos esse movimento tiver, mais atenção a gente conseguirá chamar para mostrar à sociedade que não somos inimigos”, disse o pesquisador. Para saber mais sobre o movimento, acesse o Blog do Schadt.

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Fotos: Maurício Virgulino Silva

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