O Coletivo Memórias do Mar, a Ecovila São José e o Instituto Linha D’água realizaram entre os dias 15 e 19/10 formação em educomunicação durante o XI Encontro Nacional de Gerenciamento Costeiro (ENCOGERCO) e II Simpósio Brasileiro de Praias Arenosas (SBPA), que aconteceram em Florianópolis (SC) (http://www.praiaegestao.com.br/).

Destinada a pesquisadores e ativistas em início de carreira, a formação foi desenvolvida na Oficina de Linguagem Áudio-scripto-visual: Cobertura Colaborativa, cuja temática foi a participação das Redes Costeiras e Marinhas na Agenda Brasileira do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 14 – Vida na Água. Cerca de 21 participantes selecionados trabalharam na cobertura dos dois eventos e produziram diversos materiais de divulgação prévia das atividades apresentadas.  Os materiais captados foram reunidos em um produto audiovisual final com a síntese das discussões sobre a temática, disponível no link: https://youtu.be/S1klkWO1cOI

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Entre a equipe de execução do projeto estão os sócios da ABPEducom Rafael Gué Martini (coordenador pedagógico), João Ricardo Cararo Lazaro (editor de vídeo) e Elizabeth Kurth (produtora), que junto com Tobias Bernardo Costa (captação de imagens) e Enio Staub (roteiro e direção) facilitaram o processo de aprendizagem da equipe de cobertura formada pelos participantes. A ação de educomunicação teve como um dos principais objetivos fortalecer a Representação da Sociedade Civil (Redes Costeiras e Marinhas) no Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente.


Além dos realizadores a formação teve como parceiros:

Laboratório de Gestão Costeira Integrada – UFSC

Tétis Empresa Junior de Oceanografia

Redes Costeiras e Marinhas (Ouvidoria do Mar, Painel Brasileiro para o Futuro dos Oceanos, Coletivo Memórias do Mar, entre outras.)

ABPEducom/SC

Laboratório de Mídias e Práticas Educativas (LAMPE/UDESC)

No final da tarde do dia 16/10 aconteceu também durante os eventos uma reunião do Painel Mar (https://drive.google.com/file/d/0B_NE5wooKz23QnFBRVV0Y1IwTEk/view) com a participação de representantes da ABPEducom/SC. A reunião teve como uma das pautas o desenho inicial da estratégia de estruturação e operacionalização de uma  Agência de Educomunicação Socioambiental em Brasília, que irá dar suporte às redes costeiras e marinhas para ações programáticas nos próximos quatro anos.

Entrevista com Andrew Short – professor da School of Geosciences – University of Sydney NSW – Austrália
Entrevista com Leandra Gonçalves da secretaria executiva do Painel Mar.
Ilha de edição na mala do oficineiro João Lazaro
Equipe realizando entrevistas
EquipeSet02 e EquipeSet – Equipe de cobertura em ação no set de filmagem

Mais informações sobre a Oficina

Ementa e objetivos: A “Oficina de Linguagem Áudio-scripto-visual – Cobertura Colaborativa” tem por objetivo despertar perguntas, provocar reflexão e abrir novas janelas para o campo da Educomunicação. Será um espaço destinado a ver, ouvir e produzir mensagens com imagens, texto, grafismos e sons. Para tanto, será abordado na prática: como contar uma história, como difundir ideias e compartilhar experiências, a escrita do roteiro,  técnicas de operação de câmera, de microfone e de edição. Por meio da prática colaborativa, buscaremos um olhar crítico sobre a comunicação, na perspectiva de uma prática consciente do seu papel educativo. O audiovisual é decomposto em seus componentes áudio-scripto-visuais, para que se perceba melhor como estas linguagens podem se integrar nos produtos multimídia da atualidade. Esta prática pedagógica educomunicativa proposta deverá ser um exemplo do tipo de expressão comunicativa que se quer desenvolver ao longo da campanha “Horizonte Oceânico Brasileiro”, que se encontra em fase de implementação pelo Painel Brasileiro para o Futuro dos Oceanos – PainelMar. A partir dela, será também definida uma estrutura tecnológica de apoio a ser adquirida futuramente, bem como o esboço de um manual de operação da equipe de Educomunicação Socioambiental ao longo das diversas fases de execução das campanhas.

O ENCOGERCO é o mais antigo e principal evento técnico-científico sobre gerenciamento costeiro no Brasil, unindo cientistas e agentes públicos na discussão dos desafios para a sustentabilidade da zona costeira. Na última edição do Plano de Ação Federal para a Zona Costeira (PAF-ZC/2017-2019), duas mudanças chave na dinâmica do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO) aconteceram, ressaltando a relevância do ENCOGERCO como espaço de construção na interface do conhecimento com as políticas públicas para o mar brasileiro. Primeiramente, ressaltamos a retomada da representação das ONGs ambientalistas do CONAMA no GI-GERCO, que está em andamento com a expectativa de construção de uma cultura de incidência em redes. Em segundo lugar, o ENCOGERCO está sendo proposto como evento regular conectado com o instrumento PAF-ZC. Assim, a oficina de Educomunicação irá ajudar a alavancar a ação coletiva inter-redes, contribuindo com o processo de retomada do controle social sobre as questões costeiras. Além disso, cabe considerar que enquanto uma arena específica para o planejamento espacial marinho não é formalmente constituído no Brasil, o ENCOGERCO e o GI-GERCO permanecem como os principais pontos focais de ação sobre estes importantes temas.

Público-alvo:  Pesquisadores e/ou ativistas em início de carreira.

Número de vagas: 21 participantes. A chamada para inscrição será enviada para as redes costeiras e marinhas e grupos de pesquisa na temática, com reserva de vagas para parceiros estratégicos e considerando a representatividade de gênero e etnia.

Carga horária e cronograma: A oficina tem a duração de 32 horas divididas em três etapas relacionadas a Pré-Produção, Captação e Edição/Finalização e cria uma oportunidade de experienciar a prática em audiovisual. Passando por todas as etapas da produção de um pequeno vídeo-documentário, que consistirá na cobertura colaborativa da temática “Participação das Redes Costeiras e Marinhas na Agenda Brasileira do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 14 – Vida na Água” durante o XI ENCOGERCO e II SBPA. As três etapas são descritas a seguir:

Parte 1 (15/10 – tarde) – Criação, Roteiro e Planejamento; Produção audiovisual; A escrita do roteiro e definição do cronograma de filmagens; Planejamento das captações. Importante a participação de alguém da organização do evento para definir prioridades.

Parte 2 (16, 17, 18 e 19/10 – manhãs e tardes) – Prática de Captação; A prática da captação de sons e imagens no set de filmagem; Os relatórios de acompanhamento e indicações para a edição; Uma parte com acompanhamento dos oficineiros e tarefas autônomas para testar os conhecimentos adquiridos pelos participantes.

Parte 3  (17, 18 e 19/10 – tardes) – Prática de Edição e Finalização; A edição audiovisual na cobertura de eventos; A classificação e organização das imagens na decupagem do material gravado; Técnicas de edição audiovisual: uso de texto e grafismos; continuidade narrativa; manipulação do tempo e espaço; sincronização de áudio; tratamento de áudio; pesquisa de trilha sonora; Avaliação do processo de produção sob o ponto de vista da edição: acertos e necessidades de melhoria; Roda de diálogo sobre uso compartilhado de equipamentos audiovisuais em projetos ambientais.

Metodologia: Os três oficineiros trabalharão em conjunto, em alguns momentos estarão simultaneamente e em outros alternadamente. No primeiro dia de trabalho farão uma introdução sobre a prática pedagógica educomunicativa no contexto da linguagem áudio-scripto-visual, um planejamento das atividades e o roteiro para captação de imagens, textos e sons que serão levados à edição. Durante os quatro dias seguintes, serão captadas as imagens do evento, realizadas entrevistas e recolhidos materiais de apoio à edição do vídeo de cobertura. No segundo dia de captação serão organizados materiais e iniciada a edição, que segue nos dias seguintes alternando momentos de trabalho dos participantes de forma autônoma e supervisionada. Enquanto uma equipe ficará realizando a edição na sala de apoio, outro grupo seguirá a captação das imagens do evento e um terceiro estará atualizando o planejamento e produzindo as entrevistas. Ao final do quarto dia será apresentada uma primeira montagem com uma síntese do evento. Após finalizada esta edição os alunos preencherão um formulário de avaliação sobre a prática. Após o evento será feita uma finalização da montagem inicial pela equipe de oficineiros em contato com os alunos e a organização do evento via e-mail – para poder divulgar publicamente o resultado do trabalho. Serão coletadas autorizações de uso de imagem e som de todos os entrevistados e depoentes para fins de exibição pública livre em quaisquer meios. Juntamente com a entrega do vídeo final seguirá também um relatório da ação com a avaliação dos participantes. Uma sala de aula online será disponibilizada para repositório de bibliografia, planejamento e registro do processo.

Produto: audiovisual colaborativo de até 5 minutos.

Currículo resumido da equipe:

Rafael Gué Martini – Professor da área de Educação e Comunicação na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) com formação em Comunicação Social/Jornalismo e atuação profissional na área de Direção de Fotografia para Cinema e TV. Vice-líder do grupo de pesquisa em educomunicação Educom Floripa/ECT. Coordenador do Programa de extensão Educom.Cine: Audiovisual, Educação e Cidadania (UDESC – www.facebook.com/educom.cine); Coordenador das oficinas de Educomunicação do Projeto Babitonga Ativa (https://www.babitongaativa.com); Foi Consultor de Educomunicação e oficineiro do Projeto Meros do Brasil e Expedição Memórias do Mar (https://www.youtube.com/user/MemoriasDoMar/featured).  

Tobias Bernardo Costa – Fotógrafo e film-maker, é formando em Fotografia pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Desde 2013 vem trabalhando no campo da imagem, trabalhando com fotografia documental e retrato de moda. Fez especialização em Direção de Fotografia para Cinema na Bucareste Ateliê de Cinema.  Ministrou durante dois anos oficinas de vídeo e fotografia para os índios Bororó no Mato Grosso no projeto BOE ENO MOTO – Plano de Registro da Cultura Bororó. Oficineiro de educomunicação audiovisual do Projeto Babitonga Ativa.

João Ricardo Cararo Lazaro – Produtor audiovisual e ministrante de oficinas. Mobiliza pessoas, materiais e recursos na execução de projetos de audiovisual, artes visuais, música, e educação. Ministra Oficinas de Produção Audiovisual, Edição de Vídeo e Animação. Bacharelando em Artes Visuais no CEART/Udesc, também estudou Engenharia de Produção por quatro anos no CCT/Udesc e UFSC. Oficineiro de educomunicação audiovisual do Projeto Babitonga Ativa e do programa de extensão Educom.Cine.

Enio Staub – Mobilizador cultural e social. Produtor, diretor e roteirista de cinema e televisão. Bacharel em Comunicação/Jornalismo na  Pontifícia Universidade Católica (RS) (1981). Produtor e Oficineiro de Vídeo e Fotografia no Programa de Registro da Cultura Boe/Bororó no estado de Mato Grosso. Oficineiro de Direção nos projetos  Educomunicação Audiovisual Babitonga Ativa e Programa de Extensão Educom.Cine.

Elizabeth Kurth – Pedagoga formada pela Universidade Santa Úrsula (RJ), com especialização em Marketing Cultural pela Faculdades Integradas Cândido Mendes (RJ). Participou da implantação da Casa de Cultura Estácio de Sá em São José (SC) e do Instituto Aruana de Eco Formação de Professores em Florianópolis (SC). Trabalha com coordenação de eventos e projetos sócio educativos, ambientais e culturais. Oficineira de Educomunicação audiovisual em escola da rede pública de Florianópolis.  

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