A diretora de Assuntos Profissionais e Formação Continuada da ABPEducom, Michele Pereira, falou ao site da Fundação Telefônica Vivo sobre como a educação, na perspectiva educomunicativa, pode contribuir para desconstruir o discurso de ódio e evitar a desinformação em meio à pandemia de covid-19. A matéria “Coronavírus: como combater o preconceito e as fake news” foi publicada em 17/03. Leia um trecho abaixo:

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Para Michele Marques Pereira, diretora de Assuntos Profissionais e Formação Continuada da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), um dos maiores desafios da educação é tirar a pessoa da inércia diante de algum sofrimento, ou em casos de preconceito e racismo.

Atuando também como formadora do Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Michele defende que tanto esses episódios que envolvem discurso de ódio, quanto o compartilhamento de fakenews são oportunidades de pensar conceitos como empatia e a importância da apuração. “A informação e o conhecimento são valiosos para quebrar preconceitos que assolam nossa sociedade”.

A educadora acredita no papel ativo e no protagonismo dos jovens na produção de conteúdo como estratégia de combate às notícias falsas. Ela cita como exemplo os resultados obtidos pelo programa Imprensa Jovem, uma agência de notícias feita por estudantes que, com suporte de professores, fazem matérias sobre a comunidade, a escola e temas como vacinação e o próprio COVID-19.

“Quando o jovem produz a informação, é maior a chance de reter o conhecimento. Além de trabalhar vertentes da escrita, da linguagem falada, da edição da imagem, unindo comunicação e educação. Então, é uma série de ganhos”, enumera.

O uso da Ciência e fontes seguras

Para a formadora Michele Pereira, é preciso educar as pessoas sobre a origem da informação e para sempre buscar fontes primárias. “A primeira regra é analisar de onde vem a informação. Se não é de um especialista no tema ou de um veículo de comunicação reconhecido, a recomendação é checar. É preciso recorrer a artigos e revistas acadêmicos, jornais e instituições de qualidade, além de não passar adiante informações não verificadas”, afirma.

Nesse sentido, a especialista vê a tecnologia como um meio no processo de comunicação.

“É fundamental pensarmos em formar jovens cidadãos que tenham uma leitura crítica dos meios, e que trabalhem as tecnologias para transformar suas comunidades de forma propositiva”, opina.

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A íntegra da matéria está disponível no site da Fundação Telefônica Vivo.

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Imagem: Divulgação/CDC

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