O podcast, uma maneira de fazer rádio no meio digital, pode ser uma ferramenta poderosa nas escolas por ser muito prático de produzir, distribuir e escutar. Essa foi uma das conclusões da live “Podcast na Educomunicação”, realizada no dia 12 de maio, que inaugurou a primeira edição do ciclo de transmissões ao vivo da ABPEducom e teve um pico de cerca de 100 acessos simultâneos. Assista à gravação completa no vídeo abaixo.

O jornalista Anderson Zotesso Rodrigues, coordenador do Gato Coletivo Artístico, contou sobre sua admiração tanto pelo rádio quanto pelo teatro, que o levou a elaborar um produto midiático unindo as duas linguagens: o Andêmos Podcast. Ele também observou que o podcast não possui um formato engessado, devendo ser elaborado conforme a condição da audiência e o propósito que busca atender.

Já a pedagoga Daiane Grassi, a “Dai”, falou sobre o #EdueDaiPodcast, programa que ela apresenta com um cientista da computação, e explicou que a opção por essa mídia é devido à facilidade de ser consumido em qualquer lugar ou momento, diferentemente do vídeo, por exemplo. Nesse podcast, eles procuram contar histórias “de professor para professor”, compartilhando as realidades da sala da aula, e procuram mostrar como tirar proveito das tecnologias da comunicação em termos de produtividade e segurança.

Por sua vez, o radialista Carlos Lima, coordenador do Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, defendeu a facilidade de produção como um diferencial do áudio. Ele resgatou suas primeiras experiências com rádio escolar, ainda nos anos 1990, e mostrou como hoje a linguagem sonora é trabalhada em toda a rede pública paulistana, na forma de podcasts, pelos professores de informática. Um dos projetos desenvolvidos, o de um “mural falante”, foi apresentado como caso de sucesso em premiação da Unesco na Suécia.

Os participantes sugeriram ainda vários softwares e serviços gratuitos para ajudar na elaboração de podcasts, como o Zencastr (para gravação de áudio), Wavepad e Audacity (para edição) e Anchor (para distribuição). O envio das produções como arquivos de áudio via WhatsApp também foi recomendado como uma solução simples e eficiente.

A mediação da live foi dos pesquisadores Paola Prandini, cofundadora do negócio social AfroeducAÇÃO e diretora Cultural da ABPEducom, e Mauricio Virgulino, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV/USP) e sócio da ABPEducom. As próximas lives serão anunciadas em breve.