Projetos educomunicativos ligados à importância do brincar e dentro das estratégias possíveis de cada região buscam diminuir as desigualdades evidentes. Este foi um dos assuntos abordados na oitava transmissão do ciclo de lives da ABPEducom, em 25 de agosto, sobre “Educomunicação nos territórios”, com as ativistas Isabelle Moura e Thamires Ribeiro, do projeto Geração que Move, realizado pela Viração Educomunicação; Noésio Santos, educomunicador do coletivo Carrapicho Virtual, em Juazeiro (Bahia); e Alemberg Quindins, criador da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, na cidade de Nova Olinda (Ceará). A mediação foi dos pesquisadores Paola Prandini (diretora cultural) e Mauricio Virgulino (associado). Assista à gravação completa no vídeo abaixo.

Moura e Ribeiro falaram sobre o Geração que Move, projeto lançado em 2020 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Fundação Abertis, que visa fomentar o fortalecimento da democratização do acesso ao conhecimento e o potencial criativo e transformador dos adolescentes moradores de comunidades de São Paulo, em parceria com a Viração Educomunicação, e no Rio de Janeiro, com apoio da Agência de Redes para Juventude. Por meio de práticas educomunicativas, os jovens desenvolvem o pensamento crítico e produzem conteúdo em podcast. Por fim, as ativistas convidaram os jovens de 12 a 18 anos das regiões periféricas paulistanas e cariocas a se inscrever no programa pelo Instagram.

Já Santos apresentou o trabalho da Carrapicho Virtual desenvolvido nas comunidades rurais de Juazeiro, que oferece oficinas educomunicativas de produção de conteúdo para os jovens, com o intuito de estimular o senso crítico, o protagonismo juvenil e a valorização da região semiárida.

Quindins, por sua vez, falou sobre os projetos desenvolvidos por crianças e adolescentes pela Fundação Casa Grande, criada em 1992. Elucidou também a dinâmica da instituição, que é ensinar a história do local por meio de vivências arqueológicas e atividades lúdicas e culturais em espaços de empoderamento para os jovens. Toda essa experiência é baseada nos conceitos e nas práticas educomunicativas. Para ele, a raiz da Educomunicação é o brincar, o que incentiva as crianças a comandarem toda a dinâmica da Casa Grande – da rádio, da gibiteca e do teatro, por exemplo.