No último sábado (16/09), chegou ao fim a primeira edição do Curso de Formação em Educomunicação da ABPEducom, oferecido para profissionais de comunicação e educação, na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo.

Foram cinco sábados bastante intensos de atividades teórico-práticas, que culminou em um momento final de apresentações de projetos de intervenção educomunicativa, planejados pelos participantes ao longo do percurso formativo. Esse momento de finalização contou com a presença de todos os docentes do curso, que comentaram e prestigiaram as produções finais dos estudantes.

Para a professora Paola Prandini, associada da ABPEducom e mestre em Ciências da Comunicação, que ministrou dois módulos do curso em parceria com os professores Mauricio Silva e Daniele Próspero, o curso foi enriquecedor: “Tive a oportunidade de trabalhar com um público muito diversificado, competente e comprometido com as propostas do curso, que participou ativamente do início ao fim e que possui um grande potencial de multiplicação das prerrogativas da educomunicação. Foi uma experiência muito boa, pois foi um público diferente do qual eu costumo trabalhar, já que eu atuo muito com professores dentro de escolas. O saldo foi super positivo”, avalia.

Para participar do curso da ABPEducom, Marcelo Mauricio Miranda veio todos os sábados de Barbacena (MG)

A avaliação positiva também vem dos participantes do curso. Para Marcelo Mauricio Miranda, que veio todos os sábados de Barbacena (MG), o Curso de Formação em Educomunicação contribuiu para o seu enriquecimento teórico: “Além das observações teóricas pertinentes, no curso, foram apresentadas atuações práticas em educomunicação. É importante discutir sobre meios de comunicação, responsabilidade e o protagonismo juvenil. Agora, com a formação em educomunicação, vou alinhar meus projetos para concorrer ao doutorado na área”, afirma Marcelo, que tem 36 anos, é jornalista e professor universitário.

Formada na Unesp Bauru, Isabella foi uma das participantes do curso da ABPEducom


Também a relações públicas
Isabella Lima, de 23 anos, ressalta o equilíbrio entre teoria e prática do curso. Para ela, que atualmente é mestranda em Comunicação da UNESP de Bauru, a concepção da inter-relação comunicação e educação para a transformação social era impensada antes de ter contato com o conceito de educomunicação: “Durante os cinco sábados conheci pessoas que têm uma vivência muito rica e me senti encorajada a fazer mais por mim e por essa área com a qual eu já me sinto tão conectada! Acho que esta é a diferença da educomunicação: você estuda, aprende, trabalha e se dedica não porque precisa, mas porque quer e gosta de fazer o que faz”.

A jornalista e professora universitária Ivone Rocha, de 55 anos, é gestora de uma organização da sociedade civil e também participou do curso. Ela destaca a qualidade dos professores, da dinâmica das aulas e da análise de projetos de educomunicação. “O curso contribuiu para ampliar meu horizonte de conhecimento na perspectiva das ações com as novas mídias na educação. Me trouxe um outro olhar para o trabalho que desenvolvo na minha ONG, que é de empreendedorismo social com jovens e adultos”, diz Ivone.

Já o estudante de jornalismo Matheus Cestari Cunha, de 21 anos, diz ter se surpreendido com o formato educomunicativo do curso. Para ele, os professores fariam apenas aulas expositivas, mas não foi o que aconteceu. “Com o passar do tempo, fomos realizando várias atividades educomunicativas e, através delas, eu aprendi muito mais do que imaginava. É como se provassem, na prática, que a educomunicação funciona. A fusão entre o discurso e a ação é perfeita e isso fez meu aprendizado ser muito rico”, afirma Matheus.

Até o final do ano, a ABPEducom divulgará uma agenda com ofertas de cursos presenciais e à distância, que serão realizados ao longo de 2018. Fique atento à nossa agenda para se inscrever com antecedência!

Um dos participantes do curso, Matheus dialoga com o prof. Ismar Soares, presidente da ABPEducom
Jornalista e mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP)