A INTERCOM acaba de anunciar que a Rede Brasileira se Pesquisadores de Ficção Televisiva (OBITEL Brasil) foi designada para receber o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação 2018.

O prêmio Luiz Beltrão de Grupo Inovador é uma distinção coletiva dada ao conjunto dos trabalhos desse Grupo realizados desde 2007, por suas 10 equipes instaladas nas mais variadas universidades brasileiras. O é coordenado pelo CETVN (Centro de Estudos de Telenovela) do CCA-ECA-USP.

A Rede OBITEL, coordenada por Maria Immacolata Vassalo de Lopes, é o braço brasileiro do OBITEL INTERNACIONAL e, como este, tem parceria com o Kantar Ibope e Globo Universidade.

As publicações das pesquisas do grupo podem ser acessadas no site: http://obitelbrasil.blogspot.com.br/p/publicacoes.html

 

VI Encontro Obitel Brasil

Roseli Figaro (PPGCOM), Eduardo Monteiro (Diretor-ECA-USP), Claudemir Edson Viana (ECA-USP) e Maria Immacolata (Obitel Brasil/ECA-USP). Fonte: Globo Universidade/Divulgação

Para melhor conhecer o trabalho da Rede OBITEL, reproduzimos o relato sobre o VI Encontro da organização, ocorrido em dezembro de 2017, em conexão com o Globo Universidade. No primeiro dia de encontro, pesquisadores vindos de instituições de todo o Brasil tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos, que trouxeram reflexões sobre obras como Velho Chico, Supermax e Liberdade, Liberdade.

Já no segundo dia, a diretora de Responsabilidade Social da Globo, Beatriz Azeredo, abriu a manhã compartilhando as iniciativas de responsabilidade social da Globo aplicadas em telenovelas. “As novelas funcionam como disparadores de conversas, reflexões e mudanças estruturais na sociedade. Nesse sentido, nosso papel é identificar oportunidades dentro do que vai para o vídeo e mobilizar a população para potencializar estas transformações”, destacou Beatriz.

Professor Matt Hills – University of Huddersfield. Fonte: Globo Universidade/Divulgação

 

Em seguida, Lucas Paraizo, redator final de Sob Pressão, falou sobre o processo de criação da série: “Dentro do emaranhado de informações que coletamos durante a pesquisa, decidimos nos afastar dos seriados americanos. Precisávamos criar uma coisa que fosse nossa, com nossas particularidades. Por isso, decidimos mostrar a realidade do Brasil, do hospital público, em toda a sua precariedade”.

Para fechar o encontro, o professor de Mídia e Filme Matt Hills, da University of Huddersfield, da Inglaterra, abordou o estudo de fanfiction e a relação com marcas: “Às vezes, as criações de fãs para determinadas produções são tão intensas e bem estruturadas que funcionam quase como uma marca independente. Normalmente, as produções optam por deixar este novo universo ser criado pelos fãs, mas sem deixar que interfiram no conteúdo original. Assim as duas narrativas caminham no paralelo”, explicou.

Jornalista e mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP)