Tomada como a “melhor revista científica do mundo”, segundo o indexador Scopus para o âmbito dos Estudos Culturais, num universo representado por mais de 1.200 revistas de todos os continentes, a Revista Comunicar já não será mais comandada por sua atual gestão, vinculada à Universidade de Huelva, na Espanha. O periódico acaba de ser transferido para a Oxbridge Publishing House, com sede no Reino Unido, tendo como parceiro editorial o Instituto Tecnológico de Monterrey (México).

Antes da transferência de sua produção, a revista alcançou, igualmente, espetacular posição nas duas bases de “Comunicação” e “Educação”, na Web of Science. Em suas páginas já foram publicados 2.000 artigos, com mais de 2.160 autores únicos de 58 países. 

Identificada por seu fundador, Ignacio Aguaded, como “A Revista da Educomunicação”, o periódico cumpriu, ao longo dos últimos 30 anos, o que havia prometido no editorial de sua primeira edição, em 1993, que destacou: “Investigações, propostas, experiências, informações, resenhas, arquivos práticos, monografias… encontrarão espaço nesta nova plataforma que surge aberta a todos aqueles que tenham algo a “comunicar” neste fascinante mundo dos meios nas salas de aula. Todos podemos nos sentir chamados a colaborar e tornar realidade este projeto que se inicia de forma muito austera, porém com grandes aspirações e a esperança firme de servir como trampolim para a comunicação sobre a comunicação” (tradução nossa).

Segundo o Prof. Ismar Soares, membro do Conselho Científico Internacional e presidente da ABPEducom, a revista Comunicar vem cumprindo papel relevante nos debates em torno à prática educomunicativa, nas diferentes partes do mundo, como explicita a capa da edição 22, de março de 2004:

A título de exemplo, Soares recorda alguns artigos que frequentaram as páginas da revista, desde o início do presente século, tais como: “Estrategias de edu-comunicación en la sociedad audiovisual” (2005); “Concepto, instrumentos y desafíos de la edu-comunicación para el cambio social” (2007), e “El derecho a la pantalla: de la educación en medios a la educomunicación en Brasil” (2008), “La educación mediática, un movimiento internacional imparable: La ONU, Europa y España apuestan por la educomunicación” (2011) e “Creatividad digital para transformar el aprendizaje: Empoderamiento desde un enfoque com-educativo” (2021).

Com a transferência da responsabilidade pela edição do periódico, o Grupo Comunicar decidiu voltar-se para a Educomunicação na América Latina. É o que garante o próprio professor Aguaded, quando informa que o Grupo Comunicar Ediciones continuará publicando e embarcando em novos projetos editoriais e sociais. “Iniciamos agora uma nova etapa, apoiando ‘Projetos de Cooperação EduComunicativa’, especialmente orientados para crianças e adolescentes latino-americanos em ambientes culturalmente desfavorecidos. Iniciamos também uma preciosa coleção de ‘Guias EduComunicativos para Famílias’ em acesso aberto que convidamos você a consultar”, destacou Aguaded.

Os promotores de práticas de educação midiática na América Latina interessados nos Guias EduComunicativos do Grupo Comunicar encontrarão os seis primeiros volumes, dedicados especialmente às famílias, no endereço virtual das publicações.

Serviço

Contato: Os interessados com a nova direção da revista Comunicar podem dirigir-se aos endereços que seguem: oxbridge@comunicarjournal.com/ oxbridgepublishinghouse@gmail.com / editor@comunicarjournal.com.

Luís Felipe de Oliveira Scala é graduado em Educomunicação pela Escola de ​Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Por meio do Programa Unificado de Bolsas da Universidade de São Paulo ​(PUB/USP), atuou como colaborador do Núcleo de Comunicação e ​Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP). Em 2022 integrou a equipe de comunicação da então vereadora Erika Hilton, na ​Câmara Municipal de São Paulo.