O pesquisador Felipe Saldanha, diretor de Comunicação da ABPEducom, foi uma das fontes consultadas para a reportagem “Infraestrutura digital: uma grande ‘lição’ imposta pela pandemia”, escrita pela repórter Micaela Orikasa e publicada no jornal Folha de Londrina em 15 de outubro.

A matéria aborda o papel das tecnologias na Educação Básica, no contexto da paralisação das aulas devido à pandemia e da eventual retomada. Saldanha falou sobre as possíveis contribuições da Educomunicação para este cenário. Leia um trecho abaixo:

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Para o pesquisador na área de Tecnologias e Educação, Felipe Saldanha, diretor de comunicação da ABPEducom (Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação), quando houver a retomada das aulas presenciais, além dos desafios técnicos – como a conexão de internet de baixa qualidade e a obsolescência das máquinas – será imprescindível dar atenção a outros fatores. “Os projetos pedagógicos precisam incentivar a autonomia e protagonismo dos estudantes: mais do que apenas ler e reproduzir, eles precisam aprender a interpretar criticamente e produzir criativamente narrativas baseadas nas linguagens da comunicação”, aponta. 

Quanto às famílias, ele diz que é necessário proporcionar melhores condições sociais e econômicas para que apoiem a formação escolar dos seus filhos. “Finalmente, é preciso considerar obstáculos de outras ordens que já eram enfrentados antes da pandemia e continuam existindo, a exemplo da evasão escolar, má remuneração dos professores e falta de infraestrutura física adequada”, pontua. 

INFODEMIA

O pesquisador Felipe Saldanha fala também sobre a ‘infodemia’ (termo utilizado pela OMS para o excesso de informações, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis) no contexto da pandemia atual. Segundo ele, a desinformação agravou um problema existente no tocante à relação entre mídia, tecnologia e educação.  

“Já faz algum tempo que os alunos, em geral, dão ao saber midiático tanta ou mais importância que ao acadêmico, cabendo aos professores qualificar o saber midiático e problematizá-lo em discussões e atividades na sala de aula”, afirma.

Por outro lado, Saldanha explica que a Educomunicação – método que se utiliza dos recursos de mídia para a educação – aponta que as crianças e adolescentes podem se transformar em aliados poderosos da ciência e da informação verificada, ao desenvolver seus próprios vídeos, memes e outros conteúdos, baseando-se em fontes confiáveis.   

“Essas mensagens podem então ser colocadas para circular nos mesmos espaços que propagam desinformação, funcionando como uma espécie de ‘contra-ataque’. Neste processo, os jovens desenvolvem habilidades importantes de pesquisa e análise crítica, expressão artística e cultural, uso de linguagens e tecnologias, argumentação, entre outras. Todas elas presentes na BNCC (Base Nacional Comum Curricular)”, ressalta. 

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O texto completo está disponível no site da Folha de Londrina.

Ilustração: stories/Freepik

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