As ações do Imprensa Jovem, agora, estão reunidas no guia “Como Potencializar a Produção e o Acesso à Informação de Maneira Descentralizada e Colaborativa”. A sistematização das experiências do projeto educomunicativo, que consiste na implementação de agência de notícias nas instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental e Médio na cidade de São Paulo com o propósito de construir um diálogo entre os estudantes e a comunidade escolar, foi realizada pelo Programa CopiCola, iniciativa do (011).lab, laboratório de Inovação em Governo da prefeitura de São Paulo, e pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Além do presidente da ABPEducom, Ismar de Oliveira Soares, professor sênior da Universidade de São Paulo (USP) e do Secretário Executivo da Instituição, Claudemir Viana, participaram do lançamento do Guia, que ocorreu no mês de março em forma de debate na USP, educadores, estudantes participantes do projeto, alunos da licenciatura em Educomunicação, representantes do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP), do poder público – das secretarias de Educação (Divisão de Currículo)  e de Inovação e Tecnologia da cidade de São Paulo – e o idealizador do Imprensa Jovem, o professor Carlos Alberto Mendes de Lima. Por entrevista, o membro da ABPEducom conversou com a Associação e detalhou os principais pontos sobre o novo documento que já está disponível para consulta

O Programa Imprensa Jovem surgiu em 2005. De acordo com o Guia onde as ações estão sistematizadas, são 200 escolas envolvidas e mais de 5 mil estudantes engajados. O Projeto já recebeu as seguintes premiações: Prêmio Mariazinha Fusari (2008); Prêmio ARede- categoria Redes Sociais (2016); Prêmio Desafio de Aprendizagem Criativa (2019); Prêmio Aliança Global pela Mídia e Informação da Unesco (2022) e foi finalista do Prêmio Sampa – categoria Políticas Públicas (2023). O professor Carlos Lima também é coordenador do Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de São Paulo, que desenvolve o Programa.

Confira a entrevista na íntegra:

ABPEducom: Como você define o Guia Imprensa Jovem?

Carlos Lima: O Guia imprensa jovem será uma ferramenta para todos órgãos da prefeitura que desejam potencializar a Comunicação descentralizada com  os munícipes.  É um documento inspirado nas ações do Imprensa Jovem, um projeto de Educomunicação para transformar em uma solução a melhoria da comunicação que hoje atende as escolas  municipais  da Prefeitura de São Paulo. Para produção do Guia a equipe  Copi Cola realizou  um trabalho que captou  a essência de como desenvolvemos o ‘modus operandi’ do trabalho com estudantes na produção de conteúdo, para socializar com a comunidade.  A forma descentralizada de ação de canais de comunicação  nas escolas é chamada de agências de notícias. Isso demonstra que o nosso trabalho é uma ação de compartilhamento . É também uma forma para a escola  customizar  a  criação dos seus canais de forma independente e sempre articulada com os estudantes. Eles acabam oferecendo subsídios para que o canal fique mais customizado possível no território onde a escola está. Isso é importante porque trabalha com uma linha que a gente chama de potencializar ecossistema de comunicação. Potencializamos o ecossistema de comunicação quando temos um projeto de Educomunicação,  seja uma Agência de Notícias Imprensa Jovem ou uma rádio escolar ou um jornal comunitário ou um projeto nas redes sociais. Esses projetos, aliás, fazem parte do Programa Imprensa Jovem. Ele é um ‘guarda-chuva’ onde temos todos os projetos de mídias. A Agência de Notícias Imprensa Jovem  é como se fosse um veículo multiplataforma de comunicação. Pode integrar jornal escolar, podcast e redes sociais  Acreditamos que assim temos uma facilidade de poder exportar o trabalho que a gente desenvolve para uma realidade que é necessária para melhorar esse ecossistema de comunicação, ou seja, esse espaço de promoção  de diálogo. 

ABPEducom: Quando o guia, efetivamente, foi lançado? 

C.L: Foi lançado em 31 de março na USP, mês em que se completa 18 anos do Imprensa Jovem. Mas sua construção foi iniciada em 2022. Foram muitas entrevistas. A partir do cadastramento da proposta no site Copi Cola, teve uma parte seletiva da Secretaria Municipal de Tecnologia e Inovação [da Prefeitura de São Paulo] até que se criaram os momentos de conversa e de diálogo do projeto. Primeiro, com a secretaria e, depois, com a organização INDEPENDENTE (Cebrap) que desenvolve a sistematização de projetos de boas práticas de prefeituras e de governos. Para tornar acessível  a qualquer órgão público no Guia foi aplicada a linguagem simples.

ABPEducom: Na live de lançamento, a pesquisadora do Cebrap detalha o processo de geração do Guia. Ela fala sobre o mapeamento, a análise de casos e as entrevistas realizadas. Quanto tempo isso levou? De qual maneira você esteve engajado nesse processo de elaboração? Como foi?

C.L: Os pesquisadores dessa organização[Cebrap] e equipe do CopiCola, chegaram até nós há seis meses. Eles foram acompanhando os processos, entrevistando pessoas que fazem parte do projeto: estudantes, professores, lideranças pedagógicas regionais – que a gente chama de formadores das diretorias regionais da educação que trabalham com Educomunicação e conversaram conosco. A rotina de diálogo construída com a equipe e a  organização trouxe vários olhares, cada um de um ponto. Esses olhares ajudaram a deixar mais claro o projeto a partir do que escrevemos no formulário de cadastramento da proposta. A sistematização do CopiCola é igual para todos os projetos da prefeitura que passam por ele [pelo programa]. Nós somos o caso 23. Houve também um workshop, além das entrevistas, com todos para que os pesquisadores tirassem todas as dúvidas que eles não conseguiram fechar. A partir disso, eles escreveram a primeira versão do projeto e, depois, passaram para nós que analisamos e fomos co-participantes dessas entrevistas. Dessa forma, conseguimos alinhar e criar uma primeira versão do documento. 

ABPEducom: Por que se fez e se faz importante sistematizar as ações do Imprensa Jovem?

C.L: O Imprensa Jovem é um programa educacional que nasceu em uma aula de rádio, com um grupo de estudantes: crianças e adolescentes. Se eu não estiver errado, é a primeira vez que uma política pública educacional nasce em uma reunião de estudantes. Eu acho que isso é uma potência incrível o Governo lançar um programa para toda cidade. Isso é muito legal, um projeto que nasce em uma reunião de estudantes. Eles chegam e dizem o seguinte: “professor, que tal a gente fazer uma rádio com os tiozinhos da noite?” Eu falei: “mas por que vocês querem fazer uma rádio com os tiozinhos da noite?” “Porque a gente quer contar “causo” e eles sabem contar “causos””. E aí eu falei: “trás eles para rádio e comecem a montar programas de rádio”. É aí que nasce o embrião do Imprensa Jovem. Eu quero contar isso para você, porque eu acho super importante. Esse processo, depois, sai da escola, ganha a rede de ensino, inspirado no projeto chamado “Educom.rádio”, que é uma política pública na cidade.  Estava quase morrendo, mesmo virando lei na prefeitura de São Paulo, pela falta na crença da gestão nova que aquilo era um vetor importante para diminuir a violência na escola, mas como era de outro Governo sempre há esse estranhamento. Quando fui para a secretaria em 2006, eu trouxe essa possibilidade desse projeto multimídia. Temos o rádio e todas as outras mídias. O projeto foi ganhando capilaridade dentro da rede. No início era um projeto e depois virou um Programa. Quando a gente tornou isso um Programa Educacional, mostramos que era possível fazer uma educação midiática dentro de uma política pública maior para a cidade toda e para o mundo todo. Fomos reconhecidos pela universidade com o  prêmio Mariazinha Fusari de Educomunicação.  Ganhamos um prêmio nacional, premiado pelo Instituto de Tecnologia do Massachusetts, pelo qual mostramos experiências no Brasil de aprendizagem criativa. Depois, ganhamos um prêmio internacional da Unesco pela história do programa, que completava 15 anos, se tornando o primeiro projeto brasileiro de referência mundial em alfabetização midiática que pode ser replicado mundo afora. Inclusive, estamos começando um diálogo para replicar o projeto na Colômbia, em duas escolas com alto índice de vulnerabilidade, uma em Bogotá e outra em Medellín, para que a gente possa ampliar em mais escolas lá na Colômbia. Então, o que representa para nós ter o guia?  O documento que dialoga com a rede de ensino e  com a cidade. Imaginamos que o Imprensa Jovem, com a simplicidade de criação feita pelo estudante, pode impactar no apoio à melhoria da comunicação dos órgãos públicos. Eu acho que o Guia colocou um pouco de luz nesse processo, porque o projeto pode ser um impulsionador de muitas outras políticas de educação midiática ou de alfabetização midiática informacional ou mesmo de melhoria de comunicação dos órgãos públicos, com seus munícipes ou com as pessoas que moram no seu estado. O Guia é uma espécie de documento que eu coloco embaixo do braço e consigo levar para dialogar com qualquer pessoa, inclusive com empresas ou institutos, porque ele sistematizou uma ideia que estava dentro daquele jovem que queria falar com o tiozinho da noite. Eu vejo o Guia  como um poderoso instrumento de melhoria da comunicação das pessoas, da integração de pessoas. [O Imprensa Jovem] É um projeto para promover democracia. A Educomunicação melhora a ambiência e o diálogo.

ABPEducom: Você acabou de comentar que essas ações documentadas começaram a ser aplicadas na Colômbia. É isso? 

C.L: Nós já estávamos sendo observados pelos representantes da Unesco da Colômbia . Eles assistiram a uma palestra que eu fiz na Suécia falando do Programa Imprensa Jovem. Foi aí que eu conheci o pesquisador Duran [Tomás Duran Becerra]. Eu fiz algumas  palestras online, e um artigo para uma publicação organizado pelo pesquisador. Foi então que surgiu a oportunidade, em novembro de 2022, de participar de um evento da Unesco para apresentar a prática do Imprensa Jovem nesse evento de nível mundial em Bogotá,. Apresentei o Imprensa Jovem  para os estudantes e professores da Universidade Minuto de Dios. Quando terminou, eles acharam que poderíamos  desenvolver essa experiência do Imprensa Jovem lá na Colômbia. Já estavam falando antes, mas como viram e a gente já tinha mandando um modelo de proposta – por exemplo, o Imprensa Jovem é um projeto, mas como é que faz para aplicá-lo? Nós temos uma plataforma de formação chamada “Imprensa Jovem Autoinstrucional”, onde tem todos os passos para você desenvolver uma agência de notícias na escola: como fazer entrevistas, uma agência de notícias, telejornalismo, fotojornalismo… Tudo para que o professor aprenda, de maneira autônoma, a desenvolver o projeto. Isso facilitou muito para que eles entendessem que já existe um projeto pronto e que só é necessário adaptar à realidade deles, em termos de língua e de potencial para poder fazer o projeto entrar na grade de formação dos alunos como proposta de alfabetização midiatica informacional. Isso, inclusive, é uma meta na Colômbia e a gente vai nessa alça de oportunidade. Esse grupo está desenvolvendo, junto com o governo colombiano, para que tenha alfabetização midiática e informacional lá [na Colômbia] e, assim, passamos para eles essa proposta de visitar duas escolas, inicialmente, para sentir como podemos fazer adaptações finas. Temos com eles, agora, essa plataforma que eles estão trabalhando para poder começar. Eles mandaram uma carta para nós para com a finalidade de fazer um convênio com a prefeitura de São Paulo. Qualquer governo que queira adotar o Imprensa Jovem, é só entrar em contato com o gabinete e mandar um ofício, que a gente faz o convênio e, depois, exporta e socializa a nossa prática, assim como está sendo feito com a Colômbia. Esse ano a gente inicia com essas duas escolas e com tendência de ampliação para, pelo menos, 30 escolas lá na Colômbia.

ABPEducom: O que o lançamento do Guia significa para o campo da Educomunicação?

C.L: Eu acho que para o campo da Educomunicação ele começa a vislumbrar oportunidades para que ele dialogue com a educação pública, porque o campo, embora ele tenha sido criado a partir dessa inspiração nas escolas, claro que antes delas tinha o projeto Educom.rádio, que foi a grande experiência, foi criado dentro das universidades, inspirado nas organização sociais. Imaginamos que ter um projeto sistematizado pela prefeitura dialoga com as universidades e, assim, possa cada vez mais as instituições  ter inspirações para se aproximarem  da educação pública. Eu acho que a universidade pode pegar a experiência do Imprensa Jovem, assim como outras iniciativas legais, e colocar na mão de  governos. Pode-se até os governos entenderem que pode integrar como projeto nos espaços de tecnologias para aprendizagem das escolas. O Laboratório de Informática é o melhor espaço na escola pública para iniciar o projetos de Educomunicação como o Imprensa Jovem – aproveitar os laboratórios e transformá-los em centros de multimídia. Isso você pode fazer no Brasil todo, mas é preciso ter uma inspiração e aí eu acho que o Projeto ele cria essa inspiração. E o Guia, como ele dialoga com governos que não entendem de Educomunicação, eles têm a noção de que é possível fazer. 

ABPEducom: Quais são as contribuições que o Guia pode dar para os ambientes formais e não formais de educação?

C.L.: O primeiro aspecto é que o Guia pode melhorar a comunicação, potencializá-la nos ambientes públicos e também não públicos. Eu acho que por aí a gente já consegue dizer que existe um fundamento, no próprio nome do documento, para que ambas possam adotá-lo ao ver o material, ao realizar as atividades que são previstas nele, que eles possam aplicar a boa comunicação para melhorar o ecossistema de comunicação interpessoal, do órgão com a comunidade ou o público que ele atinge. O Guia é um documento preparado para isso, para melhorar esse fluxo de comunicação.

ABPEducom: E com isso, ele [o Guia] pode ser aplicado perfeitamente em outros ecossistemas?

C.L: Sim, ele pode ser colocado em ecossistema. Vamos pensar que em uma comunidade de bairro tenha um grupo de atuação que queria melhorar a sua capacidade de comunicação com as pessoas que moram naquele território. Ele pode adotar esse Guia. É óbvio que o documento vai passar por adaptações, mas elas vão ser das próprias pessoas que vão conceber esse material. Podemos dizer também que uma organização pública, por exemplo, uma Secretaria de Saúde, tem problemas com relação à difusão dos problemas que a Dengue está ocasionando nos territórios, seja do município ou do estado, pode ter o Guia para pensar estratégias de como melhorar a comunicação para educar as comunidades com campanhas mais assertivas. Eu posso trabalhar com stories para as redes sociais, cartazes, jornal mural, campanhas no rádio, podcasts, jornais eletrônicos em trens e ônibus. Penso que o guia dá a possibilidade de abrir a mente e a criatividade das pessoas. Agora, um dado importante: é um guia para ser feito coletivamente e não ser feito por uma pessoa. Uma pessoa só olhando o documento, ela vai sentir a necessidade de chamar outras pessoas para pensar junto. Por quê? Está ele no centro da Educomunicação e a Educom trabalha com a perspectiva coletiva e colaborativa. 

ABPEducom: Durante a live transmitida no Youtube, você comenta que o Imprensa Jovem nasceu de um momento de escuta e no ‘documento’ a expressão ‘escuta ativa’ é citada várias vezes. Você acha que o sucesso do Projeto se dá, também, por essa prática? Por que a considera importante? 

C.L: Eu acho que nós temos duas orelhas  e uma boca e usamos muito pouco a escuta. A escuta  é para ser usada. Temos muito mais sucesso quando a gente constrói ou pensa em uma política pública, porque nós a construímos, muitas vezes, sem saber que é uma política pública. Pensamos em uma coisa para afetar as pessoas quando nós a escutamos, porque são elas que nos dão o atalho para errarmos menos. É um processo mais lento? É, mas é um processo mais assertivo. A escuta sempre é a alma do negócio educomunicativo e é por isso que o Imprensa Jovem tem um sucesso estrondoso. Não costumamos ditar o que precisa ser feito no projeto. Nós damos caminhos. A gente até pega na mão, achamos importante fazer uma receita para ser fácil de iniciar o processo, mas depois que ele aprender o processo, ele customiza porque está mais tranquilo. É como um caminho de ida e volta, como um diálogo. Você ouve a pessoa, a necessidade dela… Como eu posso melhorar a minha expertise didática para que o outro tenha a possibilidade de desenvolver aquela atividade? Tem uma coisa muito importante no Imprensa Jovem. Se ele fosse um país, a moeda seria a pergunta. Nós trabalhamos com a perspectiva de pergunta como um elo para trazer as ideias, as questões. O estudante que participa do Imprensa Jovem aprende de tudo, mas ele aprende, principalmente, a perguntar. Acho que esse é um valor incrível para gente pensar em um tipo de formação que não precisa de resposta, mas precisa que as pessoas perguntem. Isso não é algo que a gente faz com um aspecto só didático ou pedagógico, mas de ação propriamente dita. A gente fez a maior campanha de pesquisa de educação do país, segundo o [ex] Ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab. Ele disse: ‘não houve pesquisa maior que foi feita aqui em São Paulo para construir o currículo da cidade’. Fomos convidados para ajudar na construção do currículo pelo secretário, Alexandre Schneider [Ex- Secretário Municipal de Educação de São Paulo]. Ele disse para mim: “Carlos, como poderíamos fazer para ajudar na construção do currículo?” Eu falei: “olha, é só deixar eles falarem o que eles pensam sobre Educação. ‘Mas como vamos fazer isso?” “Temos que sentar com eles e ver o que vão falar”. Eles pensaram em bolar perguntas entre eles para saber o que eles pensam sobre Educação e, nisso, pegaram um aplicativo de celular e montaram uma pesquisa e ajudaram na construção do que chamamos de Matriz de Saberes , matriz da BNCC “estilizada” para São Paulo com a ajuda dos estudantes. Então, veja a importância de formar o estudante para ser produtor de mídia e intensos interventores sociais da sua comunidade.

ABPEducom: Com o lançamento do Guia, o que você espera a partir de agora?

C.L: Espero que a gente use o guia como ferramenta de expansão da proposta para o Brasil inteiro. Já que a gente conseguiu fazer um projeto lá atrás para melhorar a comunicação dele lá na escola e depois virou programa, por que não podemos sonhar em ter esse projeto ou, pelo menos, insistir em projetos parecidos para podermos implantar e ter essa possibilidade e metodologia em escolas de todo o país e, quem sabe, em órgãos públicos. Esse é o desejo.

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