(Foto: Maurício Virgulino)

Na última quarta-feira (28), foi lançado na Livraria Martins Fontes Paulista, em São Paulo, o livro “Conexão Atlândica: branquitude, colinialitudes e Educomunicação na África do Sul, no Brasil e em Moçambique”, pela editora Letramento, obra baseada na tese de doutorado da pesquisadora Paola Diniz Prandini, diretora cultural da ABPEducom. O livro, o sexto lançado por Prandini, representa um desdobramento da pesquisa que, em 2023, foi reconhecida com uma menção honrosa do Prêmio CAPES de Teses, iniciativa do Ministério da Educação que gratifica as melhores teses de doutorado defendidas em programas de pós-graduação brasileiros.

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Com orientação de Maria Cristina Palma Mungioli, Professora Doutora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), a tese de Paola Prandini buscou compreender os impactos oriundos da branquitude e das colonialidades nas práticas docentes de professores de escolas públicas do ensino básico de São Paulo, Maputo, capital de Moçambique, e de Joanesburgo, capital sul-africana. Para tal fim, a pesquisadora conversou com um grupo diverso de professores dessas três nacionalidades. “O que eu pude observar é que, infelizmente, há, ainda, impactos bastante negativos que esses docentes percebem no dia-a-dia das escolas onde trabalham, e também nos currículos com os quais lecionam. A tese traz a público 31 categorias de discussão crítica de branquitude e colonialidades que eu criei a partir da análise dos discursos desses educadores”, destacou a autora.

Para Prandini, o objetivo principal do lançamento do livro foi garantir que mais pessoas tenham acesso aos resultados de seu trabalho. “O livro tem o potencial de chegar em mais gente, de ser difundido de uma forma mais qualificada, não só dentro do Brasil, mas mesmo em outros países, como Moçambique, por exemplo, onde eu também pretendo fazer um pequeno evento de lançamento do livro”, defende a pesquisadora. Paralelamente, de acordo com a autora, a obra também pode ser tomada como uma forma de amplificar reflexões sobre o tema nela debatido: “O lançamento do livro pôde representar o ato de ‘fechar com chave de ouro’ o processo de feitura do doutorado e, ao mesmo tempo, também pode abrir um novo processo de ampliação das discussões que estão ali contidas com mais pessoas interessadas no tema, não necessariamente no meio acadêmico”.

 

 

Luís Felipe de Oliveira Scala é graduado em Educomunicação pela Escola de ​Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Por meio do Programa Unificado de Bolsas da Universidade de São Paulo ​(PUB/USP), atuou como colaborador do Núcleo de Comunicação e ​Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP). Em 2022 integrou a equipe de comunicação da então vereadora Erika Hilton, na ​Câmara Municipal de São Paulo.