Foto: Mauricio Virgulino

Na última semana, o Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), lançou o livro “Projeto Caminhos das Águas: Fortalecendo Fazeres e Saberes Artísticos e Culturais – Relatório 2024”, obra que reúne os resultados das ações formativas desenvolvidas e aplicadas pela iniciativa ao longo de 2024 em diferentes comunidades das cinco regiões do Brasil. A publicação resulta do projeto que tem como uma de suas instituições apoiadoras a Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom).

O livro, disponibilizado de forma gratuita no website do MinC, é de autoria de Mauricio Virgulino, Amanda Cuesta – ambos responsáveis pela coordenação educativa do projeto, de Eunice Pereira, coordenadora-geral, e Fernanda Ficagna, coordenadora administrativa da iniciativa. A obra também apresenta textos de educadores e conta com depoimentos de participantes dos cursos, com uma estruturação que evidencia uma característica intrínseca ao projeto: a profusa diversidade de vozes e saberes que foram articulados ao longo de todos os processos formativos. As formações promovidas pelo projeto aconteceram em Santarém (PA), Tabatinga (AM), Tocantinópolis (TO), Aquidauana (MS), Monteiro (PB), Aquiraz (CE), Maragogipinho (BA), Janaúba (MG), São Miguel do Iguaçu (PR) e Barra do Garças (MT).

O envolvimento da ABPEducom na iniciativa teve início em 2023, com a trilha formativa “Educação dos Sentidos para Fazer Sentido”, curso promovido pelos Ministérios da Cultura e da Educação com o apoio da associação, e se estendeu no projeto Caminhos das Águas na promoção e fortalecimento dos percursos formativos artístico-culturais em locais afastados de grandes centros urbanos do país. O curso, cujos módulos foram estruturados por artistas e educadores experientes, abordou a relevância da Arte enquanto ferramenta de percepção do mundo e diálogo. A conexão entre a arte e a Educomunicação foi explorada por meio de conteúdos que englobam contação de histórias, poesia, produção audiovisual e a denominada “cultura maker”. 

Para Virgulino, o livro representa a possibilidade de divulgar a memória, as atividades e, sobretudo, a metodologia desenvolvida e aplicada na iniciativa. “A metodologia criada para o projeto pode ser replicada como tecnologia social, servindo de referência para ações formativas que pensem as dimensões estética, econômica e cidadã para artistas, artesãos, mestres do saber e agentes culturais em geral, a partir de aspectos técnicos, reflexivos e contextuais. E o livro faz isso também trazendo a poesia e as imagens dos encontros realizados em 10 localidades que se tornaram, assim, comunidades arte/educativas”, defende o vice-presidente da ABPEducom.  

Serviço:

Para baixar o livro gratuitamente, acesse a página online de publicações do Ministério da Cultura.

Luís Felipe de Oliveira Scala é graduado em Educomunicação pela Escola de ​Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Por meio do Programa Unificado de Bolsas da Universidade de São Paulo ​(PUB/USP), atuou como colaborador do Núcleo de Comunicação e ​Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP). Em 2022 integrou a equipe de comunicação da então vereadora Erika Hilton, na ​Câmara Municipal de São Paulo.

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