Na foto: Irma Neves e Ismar Soares conduzem videoconferência do Educom.Saúde-SP
Uma videoconferência transmitida a partir do estúdio localizado na sede da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, localizada na capital paulista, deu prosseguimento na tarde de 6 de junho aos trabalhos do Projeto Educom.Saúde-SP, em desenvolvimento pelo governo do estado junto a agentes de saúde dos municípios com mais de 100 mil habitantes.
A meta é formar 280 técnicos para que tenham condições de mobilizar — através da prática educomunicativa — grupos de cidadãos e de instituições públicas e privadas de seus respectivos espaços, no sentido de integrá-los ao controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
A opção do governo paulista pela Educomunicação decorreu de constatação dos técnicos da Secretaria da Saúde da necessidade de investir em outras opções de mobilização social, as quais deveriam ser acrescidas às tradicionais modalidades de comunicação utilizadas nas campanhas a favor da saúde no estado.
As autoridades chegaram ao novo conceito em decorrência da presença de uma das funcionárias da Secretaria da Saúde – Irma Neves – ao curso sobre Educomunicação ministrado pela ABPEducom, em 2018, no espaço cedido pelo Colégio Dante Alighieri.
Estrutura do projeto
O projeto Educom.Saúde-SP inclui a realização de encontros presenciais e videoconferências, ao longo do primeiro semestre de 2019, e de um curso em EaD, ao longo do segundo semestre.
A videoconferência ocorrida no dia 6 de junho dialogou com profissionais da Secretaria da Saúde que haviam participado dos dois primeiros cursos presenciais, respectivamente em São Paulo (para funcionários da capital, da Baixada Santista e do Vale do Paraíba) e em Campinas (funcionários das regiões de Campinas e Sorocaba), contando, cada um, com aproximadamente 90 participantes.
Uma segunda videoconferência, prevista para meados de julho deste ano, acolherá os integrantes do terceiro encontro presencial, realizado em Bauru entre os dias 11 e 13 de junho, agregando os agentes de saúde das regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru e Marília, cidades localizadas no centro-oeste do estado.
A aproximação à prática educomunicativa
Os três cursos presenciais, com duração de três dias, foram desenhados para oferecer aos agentes de saúde uma visão básica do conceito da Educomunicação e de sua aplicabilidade enquanto paradigma mobilizador.
Para tanto, a Secretaria da Saúde contou com a assessoria do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP) e da ABPEducom, tanto para formular a proposta quanto para selecionar e contratar especialistas em práticas educomunicativas. Coube a esta equipe, formada por 15 especialistas, apresentar a teoria que dá suporte ao novo paradigma e iniciar os cursistas no emprego das linguagens da comunicação, aplicadas aos temas de interesse para a prevenção em saúde.
Já o curso a distância está sendo planejado para dar suporte ao processo de planejamento das ações a serem implementadas, em seus respectivos territórios, após o final do curso, na passagem de 2019 para 2010.
Primeira videoconferência revela otimismo dos agentes de saúde
A videoconferência de 6 de junho dialogou com os cursistas dos dois primeiros encontros presenciais. Os profissionais receberam o sinal emitido desde a sede da Secretaria reunidos em cinco diferentes auditórios, localizados, respectivamente, na capital e nas cidades de Taubaté, Santos, Campinas e Sorocaba. Sob a coordenação de Irma Neves, assessora técnica da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), o diálogo com os cursistas contou com uma palestra do professor Ismar Soares, presidente da ABPEducom, que falou sobre a relação entre os conceitos de “Inovação aberta em Saúde” e “Tecnologia Social”, de um lado, e da “Educomunicação”, de outro, mostrando a importância da participação da população nos processos de mobilização.
Uma segunda intervenção deu-se com a palestra da jornalista Daniele Próspero, secretária de finanças da Associação, sobre o processo de planejamento de ações educomunicativas no contexto da mobilização social por causas de interesse comum, como são as ações destinadas à prevenção em saúde.
A vídeoconferência foi roteirizada por Claudemir Viana, coordenador do NCE/USP e secretário executivo da ABPEducom, contando com a colaboração de Jurema Xavier, Helena Málaga e Luiz Altieri, que deram assistência no estúdio, sob o comando técnico da equipe de funcionários da Fundação Vanzolini, responsável pelo processo de produção e veiculação da atividade.
O que mais chamou a atenção das equipes da Fundação e das entidades apoiadoras foi o diálogo entre os agentes de saúde reunidos nos cinco polos e os palestrantes que conduziam a apresentação e o debate dos conteúdos. Questões foram levantadas e esclarecidas, na sequência. Outras serão abordadas posteriormente, em diálogos virtuais. Ficou marcado o entusiasmo da maioria significativa dos agentes, sinalizando sua disposição em aprofundar seus estudos sobre o tema da Educomunicação aplicada à saúde.
Tarefas para os meses de junho e julho
Os cursistas do Educom.Saúde-SP foram convidados a aprofundar seus conhecimentos sobre a prática educomunicativa, tendo acesso a uma literatura produzida por organizações sociais que, ao longo dos últimos 20 anos, vêm implementado projetos na área. Em segundo lugar, foram convidados a identificar, em seus respectivos municípios, possíveis aliados para iniciar o processo de envolvimento da sociedade local no planejamento de ações de mobilização.
Informações sobre o primeiro curso presencial estão disponíveis no site da Sucen.