Creative Commons - CC BY 3.0 - Palestra sobre feminismo foi um dos pedidos atendidos pelo projeto Quero na Escola Divulgação/Social Good Brasil
Creative Commons – CC BY 3.0 –
Palestra sobre feminismo foi um dos pedidos atendidos
pelo projeto Quero na Escola Divulgação/Social Good Brasil

A jornalista Fernanda Luiza Duarte, do Portal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), e associada da ABPEducom, entrevistou o Professor Ismar para uma matéria sobre o projeto Quero na Escola, tendo como tema a ocupação de 200 escolas por estudantes do ensino básico em são Paulo.

A fala do Prof. Ismar aparece no subtítulo “Currículo e protagonismo juvenil”, reproduzida a seguir:

Currículo e protagonismo juvenil
De acordo com o professor Ismar de Oliveira Soares, do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), a exemplo do que se pode observar durante a ocupação de escolas estaduais por estudantes paulistas, a escola é uma instituição importante no universo dos jovens, mas há uma disruptura entre a escola de hoje e a escola que os jovens desejam. “O sistema educacional atual se baseia em um conceito de ensino-aprendizagem, em que a apresentação dos conteúdos se dá de forma seriada e onde se supõe a existência de conteúdos essenciais para todos. Essa perspectiva, embora tente ser democrática, pressupõe as necessidades do aluno e não contempla aspectos de interesse local ou dos estudantes. Isso fica fora do âmbito da educação formal. A preocupação é com o que vai cair nas avaliações [como o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem] ou no vestibular e espera-se que o ‘bom aluno’ seja aquele que aceite e seja obediente a essa proposta engessada de ensino”, explica.

Para Soares, que vem se debruçando sobre a questão de como as tecnologias de comunicação e informação podem contribuir para transformar a prática pedagógica e o currículo da educação básica, notadamente do ensino médio, iniciativas como a do Quero na Escola dão ao jovem a oportunidade de estar no centro de um processo educativo. “Esse não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Em toda a América Latina há movimentos e organizações que buscam oferecer ao jovem e adolescente aquilo que a escola não lhe dá: o direito de expressão, o empoderamento para o exercício da cidadania. Essas experiências acabam acontecendo por meio dessas entidades que atuam na educação não-formal, em grande parte apoiadas pelo uso do computador, do celular, das redes sociais, porque a escola não as assume, mas esses preceitos estão lá nos parâmetros curriculares do nosso sistema educacional, inclusive com a previsão da participação do aluno na construção de seu currículo” afirma.

Confira a matéria na íntegra: <http://goo.gl/qJBA3e>.