O livro escrito pelo Presidente da ABPEducom, professor Ismar de Oliveira Soares, “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação”, foi indicado e adquirido pelo Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Foram disponibilizados 11 mil exemplares e 565 escolas da Rede Municipal receberão a obra escrita em 2010 e lançada em 2011.

O conteúdo dela apresenta e explica os principais conceitos e práticas que norteiam o campo na interface e a Educação e a Comunicação – o próprio termo Educomunicação e a sua história,  Ecossistema Comunicativo, Áreas de Intervenção – e auxiliaram e continuam auxiliando profissionais que atuam nessa área. 

São eles os educomunicadores e membros da ABPEducom, professor Carlos Alberto Mendes de Lima, coordenador do órgão responsável pela indicação e aquisição da obra, e Fábio Nepomuceno, diretor da escola de Ensino Fundamental EMEF Jardim da Conquista, localizada no bairro de Perus, em São Paulo, que recebeu um exemplar da obra “A cor na voz: identidade Étnico-Racial, Educomunicação e Histórias de Vida”, da diretora da ABPEducom, Paola Prandini

Para a Associação, o professor Carlos Lima conta que a proposta é utilizar a obra para a formação dos professores. “A formação de Educomunicação, hoje, diante de todas as modalidades, não tem uma orientação curricular e a gente imagina que esses livros possam estar dentro do curso”, afirma Lima.  

“Eu acho que o livro do Professor Ismar é um referencial importante na Educomunicação porque ele deixa claro não só o papel da Educomunicação, o método, o paradigma, como um jeito da gente desenvolver um trabalho, mas também como uma proposta de conexão com políticas públicas”, completa o professor. 

Já para Nepomuceno, a referência pode contribuir na prática pedagógica da instituição que ele dirige. “Ela [a obra] traz a possibilidade de ser usada na formação desse conceito por trás da Educomunicação, essa questão da prática e da liberdade de comunicação. Ela tem um referencial teórico por trás que eu acho que o professor Ismar pode ajudar no conceito e na prática”, reconhece o diretor. 

 

Confira a entrevista com o professor Ismar de Oliveira Soares, presidente da ABPEducom, na íntegra:

ABPEducom: O que te motivou a escrever o livro? Em quem você pensou quando decidiu materializá-lo? 

Ismar de Oliveira Soares: Olha, o livro ele surge, ele nasce em decorrência de uma disciplina que eu tinha na pós graduação sobre Educomunicação. Então eu convidei os alunos  para estudarem um tema que estava em discussão naquele momento, que era a Reforma do Ensino Médio, uma das propostas que vinham sendo desenvolvidas, e como eu tinha escrito três artigos sobre as três etapas da produção do texto do Ministério sobre o novo projeto da Educação no Brasil. A cada edição, eu elaborei um texto, um artigo, identificando possibilidades de aplicação do conceito de Educomunicação. Então, o tema da reforma curricular esteve presente nas minhas aulas de pós sobre a Educomunicação. Eu convidei os alunos para que fizessem levantamentos, fizessem textos aplicando a referência entre a Educomunicação e Ensino Médio em seus trabalhos de conclusão de disciplina… Ao final, eu recebi aquele material todo e vi que eu poderia sistematizá-lo na forma de livro. O estilo é meu, porque, na verdade, eu cito o nome dos alunos e no início, na primeira ´página, eu digo isso, que eles foram os colaboradores, porém, eu assumi o estilo, porque o objetivo na verdade não era fazer um e-book ou fazer um livro, uma coletânea de textos, mas atenderia o objetivo. A preocupação era falar sobre o ensino médio e discutir como o Ensino Médio poderia estar presente em um projeto para transformar a educação nacional. Então, o objetivo era estar presente nesse momento histórico do Brasil. Feito o texto, apresentei para as Edições Paulinas que publicaram o volume e, nesse momento, ele representa o texto meu mais citado. No Google Scholar, eles fazem uma lista de textos de acordo com a procura, as citações, e esse volume – “Educomunicação: o conceito, o profissional e a aplicação”- acabou sendo o texto de maior referência que eu tenho e revendo o texto agora, para conversar com você, percebi que realmente ele representa uma síntese do conceito de Educomunicação na perspectiva de que o estudo do tempo estava por volta de 2010 e o lançamento foi em 2011. A história é essa. 

ABPEducom: No que o professor acha que ele ajuda na aplicação de projetos de políticas públicas?

I.O.S: Ele ajuda porque ele parte do princípio de que as autoridades da área da Educação, na época em que o tema em que foi discutido, porque houve uma reversão, uma reversão no governo anterior ao Lula que o Ministério da Educação abandonou a perspectiva de um trabalho reflexivo sobre a Educação. Então, em um momento anterior começou a discutir essa reforma. As bases apresentadas pelos especialistas falavam da importância da linguagem, mas as perspectivas desses especialistas era a Língua Portuguesa e as demais manifestações de linguagem vista sob a perspectiva da gramática, portanto do domínio sobre essa linguagem, a linguagem culta em contrapartida a linguagem popular e também acenando para a importância das demais linguagens mediadas pela tecnologia. O que nós fizemos foi mostrar esse assunto, um assunto central, de um projeto educativo, não era uma questão de tecnologias para aprendizagem de uma forma de se comunicar que a língua portuguesa, que naturalmente necessitamos do conhecimento. Porém, a própria linguagem, a própria possibilidade de expressão, era um tema essencial e deveria ser central no processo, dentro de uma perspectiva de empoderamento desse jovem para que ele exercesse o seu direito de se comunicar e a partir do desenvolvimento desse jovem com procedimentos que ele descobrisse como alguém fala, como alguém que contesta e como alguém que busca soluções para os problemas, para que ele tivesse consolidada uma formação cidadã. Entendemos que a linguagem era um grande espaço de formação para a cidadania e que a Educomunicação trazia os recursos, as práticas para que eles pudessem ocorrer. Então, o que nós fizemos foi analisar a proposta fundamental, identificar onde ela se aproximava o tema das linguagens e, nesse âmbito, mostrar como o tema deveria ir além de um procedimento conteudístico, de cronograma e currículo, mas ser o eixo condutor de um processo educativo a partir do momento que esse aluno tivesse do uso da linguagem em uma perspectiva cidadã, portanto, na perspectiva da dialogicidade, do protagonismo e da construção de projetos de transformação social.


ABPEducom: Professor, você se lembra como foi o processo de escrita do livro? Foi um processo fácil… Como foi? 

I.O.S: Olha, eu tenho escrito bastante nos últimos tempos… Agora eu tenho identificado, selecionado materiais e vi que, na verdade, praticamente a cada dois meses sai um artigo em algum lugar então, escrever, para fim, faz parte de um processo. Porém, como a gente fica atento a algumas peculiaridades da escrita, dentre as quais evitar redundâncias, quer dizer, eu estou falando de um objeto. Por ter construído o conceito particular da pesquisa, claro que eu vou reportar muito desses conceitos muitas vezes, porém a questão é evitar a redundância no falar, isto é não repetir maneiras do tratamento do assunto e isso exige muita criatividade, exige descobrir maneiras de entrar nesses diferentes temas a partir de construção de histórias. A construção de histórias não precisa ser, exatamente, o relato de um evento. Construção de história é identificar o papel que esse conceito estaria representando. Existe uma história a ser contada e aí buscar autores que colaboram para o entendimento desse processo e a partir de então, da colaboração de autores da área, construir um texto que seja novo. Novo para mim. Quando eu leio um texto e vou revisar, eu entendo que não estou repetindo e não estou sendo enfadonho com o leitor. Na verdade, tudo isso é uma questão subjetiva, mas eu me coloco sempre como leitor do meu próprio texto. A produção, e por um lado também, eu tenho para mim que eu tenho que ser sintético. Eu não posso ser prolixo. Nem que eu escreva muito, a longevidade, o tamanho dessa escritura vai depender do número de casos, dos elementos que eu esteja agregando. Porém, cada parte é conclusiva em si mesma. Se o leitor não continuar lendo, ele já leva uma bagagem de informação para o debate – uma conversa consigo mesmo e com suas obras. Então, eu parto do princípio de que cada capítulo deve trazer uma mensagem e tem a sua especificidade. Porém, retomando que o capítulo seguinte, ganchos são feitos para esse contexto e vou especificando, especificando, até chegar no final, trazendo alguma mensagem essencial. A mensagem essencial deste livro é, de verdade, aquilo que eu me referi no começo: uma reforma do Ensino Médio para colocar o aluno no centro da Educação no Ensino Médio. 

ABPEducom: Se o professor Ismar fosse escrever um livro nos moldes desse, hoje, em um cenário de fake news, discurso de ódio, inteligência artificial – o que você acrescentaria na obra ?

I.O.S: Olha, eu acrescentaria, na verdade, as reflexões que perpassaram a minha carreira de escritor de 2011 a 2023. Nesse período, muitas questões se formaram, principalmente a questão das tecnologias, naturalmente a questão da Educação Midiática. Foi um período em que nós tivemos um grande avanço no Brasil nessa linha até a criação do Instituto Palavra Aberta, voltado à Educação Midiática, mas também levando em consideração alguns avanços da Educomunicação. Ela alcança um novo espaço no Ministério do Meio Ambiente. Em 2011, por exemplo, nós tínhamos no banco de teses da CAPES 90 teses – tudo aquilo que foi estudado por uma orientanda minha, Rose Pinheiro, sobre Educomunicação, entre 2011 e 2012. Já em 2022, dez anos depois, nós passamos a ter 450 teses. Então, foi uma multiplicação avassaladora de estudos. Estou falando de teses, fora os artigos. Quando se fala de teses, se fala de centro de pesquisa em que exige-se muito critério de seleção dos temas. No caso, a Educomunicação foi tema em mais de 100 centros de pós-graduação em todo o país, o que está indicando que em todo o território nacional existem experiências educomunicativas. As teses, por sua vez, vão fazer avaliação desses processos. Então existe, no cabedal de informações, que vem reafirmar aquilo que foi colocado no meio. É um livro muito sintético, né? Um livro de poucas páginas – são 100 páginas – nós poderíamos hoje ter um livro de 200, 300, 500 páginas se nós considerarmos o fato de que é importante que o Brasil conheça o que é esse conceito. Já não é adotado, atualizado, criticado em pequenos âmbitos acadêmicos ou em poucos âmbitos acadêmicos, mas que ele está na prática social. Estando na prática social, ele é objeto de análise de um número muito maior de pesquisadores e isso está considerando que o termo e o trabalho feito pelo Núcleo de Comunicação e Educação da ECA foi sólido suficiente para garantir perspectivas de novas pesquisas e de novos avanços em pesquisas que vieram especificar elementos próprios da epistemologia do termo. Nós tivemos um termo como Ecossistema Educativo ou Ecossistema Comunicativo… Nós temos em Santa Catarina, por exemplo, um núcleo de pesquisa, no Estado de Santa Catarina, que trabalha especificamente sobre o conceito de Ecossistema. Inúmeras teses já foram publicadas sobre esse tema. Aí nós vamos ver que as áreas de intervenção do campo vão sendo especificadas – pesquisas sobre as mediações tecnológicas, pesquisas sobre a expressão comunicativa por meio da arte e assim por diante… Nós tivemos uma apuração conceitual, um fortalecimento conceitual e uma explicação do campo no sentido de ganhar fôlego. Isso não é obra de um indivíduo. É obra de uma coletividade. Então, se eu fosse refazer o livro eu manteria a essência dele e juntaria os esforços que foram sendo feitos pelos pesquisadores brasileiros ao entorno de práticas que ocorreram pelo país e que, portanto, deram maior consistência e maior legitimidade para o conceito da Educomunicação.

ABPEducom: Como foi para o professor receber a notícia de que os exemplares seriam distribuídos exemplares do livro às Escolas Públicas de São Paulo? 

I.O.S: A notícia foi surpresa para mim não em relação ao valor do livro, mas ao fato de que uma Prefeitura trabalha basicamente com Ensino Fundamental e a Prefeitura tinha um problema com o meu livro, porque o título dele é “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação – contribuições para a reforma do Ensino Médio”, portanto, ele é datado. “Contribuições para a reforma do Ensino Médio em 2010, 2011, 2012”… Muitas águas já passaram por baixo da ponte. Estamos aí, novamente, com um grande debate nacional. Esse subtítulo estaria “atrapalhando” o ingresso do livro na Rede Municipal de São Paulo que trabalha só com o Ensino Fundamental. Então, a minha alegria deu-se pelo fato de que a Prefeitura [de São Paulo] entendeu que o valor do livro não está somente na Reforma do Ensino Médio, que foi um dos capítulos, mas no conjunto da obra, porque ele permite de uma forma sintética que os professores da Rede Municipal entendam o conceito e apliquem esse conceito. A Rede da Prefeitura trabalha o ensino infantil e fundamental e eu trato e falo do fundamental e infantil e falo de Educomunicação, portanto, a proposta da Prefeitura em adotar o livro para cursos e colocar a serviço das escolas a Prefeitura abre de 2 a 4 mil vagas de cursos por ano sobre Educomunicação. O que a Prefeitura de São Paulo está fazendo é algo extraordinário para a consolidação da política de Educomunicação no município e, a partir dessa prática, entender que o livro é essencial para a manutenção, inclusive, para os referenciais que dão sustentação ao projeto.

ABPEducom: Qual a indicação que o professor daria para os educadores utilizarem [o livro] na sala de aula? Quais dinâmicas, atividades, disciplinas…

I.O.S: Olha, esse livro, pelo linguajar dele, tem uma forma sintética de trabalhar. É mais adequada para a formação de professores e para subsidiar pesquisas acadêmicas – de TCC, Mestrado e Doutorado – com a formação de professores que queiram ter um curso de extensão e de aperfeiçoamento. E, no caso, a dinâmica que eu sugiro, ela estaria relacionada ao tipo de formação que se pretende dar. Existe uma informação exploratória.- o que é Educomunicação. Na mão desses professores, por exemplo, os capítulos poderiam ser divididos em grupos onde se trabalhassem os respectivos capítulos para identificar conceitos que se relacionassem ao seu cotidiano – cotidiano do grupo A, grupo  em relação a cada um dos capítulos e promover um debate sobre isso. O debate se buscaria através de perguntas, afirmações e confrontações para identificar que mudanças o conceito poderia estar trazendo para as práticas daqueles professores. Então, essa é uma perspectiva exploratória. Ninguém sabe de nada, eu estou com o meu grupo lendo um capítulo – e basta aquele capítulo – e aí eu vou ver o que aquele capítulo diz a respeito com algo que se relaciona também com o cotidiano, socializar as descobertas. A grande pergunta: o que fazer com a Educomunicação? Como promover a Educomunicação ou como aprofundar os conhecimentos sobre Educomunicação? Isso se refere à pesquisa exploratória. Agora, ele pode ser usado, também, para o planejamento de ações. Então, gestores municipais, que estão fazendo a reforma do ensino, poderiam ser convidados a ler o livro e integrá-lo às políticas públicas daquela Prefeitura, daquela Rede de Ensino. Um exemplo claro é a questão da Educação Ambiental, mas existem outros exemplos relacionados à gestão da escola: a interdisciplinaridade e os programas educativos. Então, se trata de edificação de políticas, como eu implementaria com a reforma do ensino, como eu implementaria na didática da escola e como eu implementaria na gestão da escola. A primeira metodologia é exploratória. A segunda metodologia é aplicativa – como aplicar o conceito em uma área de ação que a escola ou a rede de ensino está envolvida. 

ABPEducom: Durante a sua trajetória, você já recebeu muitos relatos de educomunicadores que colocaram em prática as ações que estão descritas no livro? Se recebeu, pode contar um pouco a respeito desses relatos, o que esses educomunicadores falaram?

I.O.S: As respostas vindas de professores têm ocorrido nos cursos, através cursos que a ABPEducom tem dado e, no caso, como o livro é usado como referência que as pessoas encontram, é um livro bem divulgado como qualquer texto que fale de Educomunicação. Apesar de eu ter publicado muitos artigos sobre áreas específicas da Educomunicação, ele passa a ser o texto básico. Então, as referências que eu tenho tido dizem respeito ao fato das pessoas se sentirem seguras – aquilo que elas entenderam ser a grande realidade do livro. Aquele momento dado pelo livro que era possível transformar a escola a partir da colaboração dos alunos. Então, os professores me diziam que a partir da leitura do livro eles se sentiam motivados a  levar o livro para os alunos. O livro tem um texto bastante acadêmico, porém, eles sentiam a necessidade de propiciar que os alunos, a partir de algum tipo de exercício com os colegas, através de algum tipo de ação, vissem a novidade que estava aparecendo, no cenário brasileiro, chamada Educomunicação. Então, o que eu sentia era: suprimos alguma coisa que nós gostaríamos de ter descoberto. É uma novidade que chega de mansinho, algum sonho que está sendo colocado em prática. Alguns imaginam que é possível, mas não tinham visto a hipótese se concretizar em uma ação dialógica participativa. Por quê? A relação das pessoas com a educomunicação, vai sempre a partir da perspectiva tradicional, a famosa perspectiva bancária – da distribuição de conteúdos – e comunicação era a grande mídia que fazia. E eles descobriram que a comunicação era parte do cotidiano das pessoas, especialmente pela possibilidade que a relação da Educomunicação que estaria dando para ampliar as formas de expressão das pessoas e garantir que a garotada pudesse ter algum protagonismo. O protagonismo do jovem sempre foi relatado como novidade. Então, o protagonismo de uma criança pequena do ensino infantil – produzindo fotografia ou algum som, desenho – o protagonismo de um adolescente sempre aflorava na conversa dos professores e esse protagonismo é o que alimentava e motivava o professor a voltar a literatura sobre Educomunicação. Então, o que eu senti, na verdade, não foi fruto do livro em si, porém o fruto das conversas sobre o livro, das leituras parciais sobre o livro e das histórias que são contadas e narradas ao longo dos cursos que as pessoas frequentam. Então a pedagogia adotada, é uma pedagogia fundamental para a Educomunicação, porque ela mostra os caminhos percorridos e caminhos de êxito. Quando uma escola tinha êxito, êxito significava que os alunos se mostravam mais protagonistas, a amostragem da Educação Midiática, a motivação das crianças para desenvolver projetos em várias áreas, inclusive a defesa do Meio Ambiente. Isso fazia com que as escolas vizinhas observassem que algo estava acontecendo de forma diferente. A própria Prefeitura promovia algum tipo de curso… Era a partir desses relatos que motivaram a leitura e a leitura que qualificava os relatos. É um processo dialético e os leitores se tornam eles mesmos produtores de novos conteúdos e novas narrativas. 

 

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