Confira o depoimento de Jesualdo Freitas, associado da ABPEducom, sobre o desenvolvimento de práticas educomunicativas:
Ações maravilhosas podem acontecer a qualquer momento. Melhor ainda quando acontecem em vários momentos. Registramos aqui ações de parceria, compartilhamento, colaboração, confraternização, produção, criatividade e algo mais, que se materializou em exposição de fotografias impressas e relato aos pais no Conselho de Classe, com convite para uma oficina de enquadramento fotográfico aos pais junto com seus filhos (inscrições na escola com a Professora Maristela Benin), toda essa produção será conteúdo para integração com alunos de escola de Bentoua – Camarões na construção de ponte intercontinental, na qual, na amizade virtual dos alunos construirão narrativas visuais do lugar onde vivem.
Narrando a sequência deste registro, como simultaneamente a visita de acadêmicos do curso de Comunicação da UFRGS, que com eles realizamos diálogo educomunicativo, iniciamos uma parceria com alunos de escola agrícola da cidade africana de Bentoua – Camarões, pela ong Comundos, numa atmosfera de compartilhar presencialmente EMEF Timbaúva/UFRGS e, cujo produto constituirá parte na produção para a parceria EMEF Timbaúva/Comundos por interatividade.
Enquanto vamos dando tempo à aproximação com a África registramos bons momentos do compartilhar presencialmente no espaço da Oficina de Educomunicação do Ensino Integral da Escola, construindo um trabalho no propósito narrado pelos acadêmicos:
“Nós somos estudantes de comunicação da UFRGS. Para a disciplina de Comunicação e Cidadania, ministrada pela prof Ilza Girardi, precisávamos elaborar um projeto que fomentasse a cidadania por meio da comunicação. Conhecendo o belo trabalho do prof. Jesualdo na escola Timbaúva, decidimos formar uma parceria. Visitamos algumas aulas, observamos o funcionamento da escola e, em parceria com o prof. Jesualdo e demais professores envolvidos nas oficinas, propomos um projeto que visasse 1) criticar a representação da mídia a respeito da Vila Timbaúva, através de um debate; 2) valorizar a visão dos alunos a respeito do local onde moram.
Num primeiro momento, fizemos um debate sobre a representação da mídia do bairro e o que eles pensam sobre onde moram. Depois, realizamos uma saída pelas redondezas da escola, para que os alunos fotografassem as coisas que gostassem. Por último, elaboramos um mural com as fotografias legendadas pelos alunos, e criamos uma conta no Instagram com as fotos do dia. Contahttps://www.instagram.com/vivatimbauva/ ”
Vou narrar o que vi neste processo, sabendo, contudo, que esta narração será uma parcela, por mais que quiséssemos, nunca abarcaríamos toda a densidade dos encontros colaborativos que convertem o participante em protagonista.
Após algumas visitas aos alunos/as, os acadêmicos/as já tendo com eles contatos humanos, dos mais humanos, conversando, entrevistando-os, respondendo perguntas e curiosidades, enfim chegaram para a primeira atividade que teria sequência produção fotográfica. Numa roda de conversa solicitaram que se reapresentassem dizendo seu nome e o que pensam sobre o bairro. Depoimentos verdadeiros davam conta de que o bairro é ruim. Por quê? Porque de onde vim tinha pista de skate e aqui não tem. Outro: sinto falta de onde vim. Por quê? Porque estou aqui há dois anos e sinto falta das amizades que tinha de anos. Outro: sempre morei aqui e gosto daqui. Por quê? Principalmente pelas amizades dos guris e das gurias. Seguiu-se a conversa e os acadêmicos/as falaram que as falas não reportaram a aspectos ruins comumente referidos pela mídia comercial. A seguir mostraram fotos realizadas por moradores de outros bairros registrando pelas lentes de seus próprios olhos cenas de convívio onde moram.
A atividade do dia seria fotografar conforme referido acima e na proposta dos acadêmicos/as. Após a captação os alunos escolheram quais de suas fotografias seriam impressas para uma exposição.
Como já havia a agenda de Conselho de Classe chamando a participação dos pais, entre outras ações desta agenda, apresentamos e divulgamos neste conselho, a exposição na entrada da escola, e, mostramos aos pais como ocorre o trabalho em educomunicação, informamos o link do coletivo vivatimbauva no instagram e projetamos fotografias da cobertura desta própria ação de Conselho de Classe com os pais, realizado neste sábado na escola, e também anunciamos a interatividade com alunos do continente africano.
Concluindo informamos aos navegadores deste blog, que estaremos divulgando as ações de sequência narrada aqui, tanto quando nossos alunos visitarem a UFRGS, quanto em produzir narrações sobre o lugar em que moram para mostrar aos colegas na África e sorverem as narrações por lá realizadas construindo para iniciar uma construção de proposta de interatividade.
E, para celebrar a aprazível complexidade da entidade escola, participaram integrando todo o processo estudantes das turmas C21 e C22 (oitavo ano do ensino fundamental) e disto temos planejamento de ações integradoras envolvendo a educação integral e sala de aula. Portanto, somando-se a oficinas temáticas pedagógicas e incluindo os pais em oficina de percepção desta linguagem, tudo junto misturado, “tamu junto”.
Muito bom ser associafo da ABPEducom, divulgando nossa escola.
Mais informações sobre a Escola Timbauva nos blogs educomtimbauva.blogspot.com e diversocriativo.blogspot.com