Jovem educomunicador da Viração, Carlos Eduardo, conversando com os cursistas | Crédito: Divulgação
Jovem educomunicador da Viração, Carlos Eduardo,
conversando com os cursistas | Crédito: Divulgação

Na manhã de 08 de agosto, na cidade de São Paulo, a educomunicação foi apresentada a profissionais da segurança pública que fazem o curso oferecido pelo Ministério da Justiça (MJ). Em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) do Brasil, o encontro que teve por tema Convivência e Segurança Cidadã, encerra hoje após o período de uma semana de formação destes profissionais. 

Com o objetivo de capacitar gestores para melhoria de políticas públicas locais de segurança, o curso aborda temas como acesso à Justiça, resolução pacífica de conflitos, prevenção social do crime e intervenção em lugares de alto risco. O curso utiliza-se materiais especialmente produzidos para divulgação e promoção de praticas coletivas de segurança pública, e que hajam práticas fundamentadas pelo paradigma da educomunicação, como, inclusive, demonstra expressamente material produzido pelo PNUD. 


No evento, os profissionais terão a oportunidade de iniciar o desenvolvimento de planos locais de segurança cidadã. Ao final, terão um período para cadastrar os projetos no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV) e concorrer ao financiamento de suas propostas. Ao todo, 14 projetos serão financiados com recurso da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) do MJ. 

Por isso, a educomunicação é apresentada como um novo paradigma para se pensar em projetos de intervenção a partir da preocupação na área de segurança pública, e efetivamente voltados para praticas de transformação social por meio do envolvimento direto da comunidade e o uso dos diversos recursos tecnológicos e culturais disponíveis. 

Foi neste sentido que o professor Dr. Ismar de Oliveira Soares, presidente da ABPEducom e coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE/USP), que promoveu a ressemantização do termo educomunicação com suas pesquisas na área, falou sobre como conceitos, ideias e praticas sociais ancoradas no paradigma da educomunicação podem ser o caminho para colaborar na construção de objetivos indicados pelo PNDU, pelos editais de projetos, e pela prática cidadã de cada um de nós. 

Também houve a contribuição do Dr. Claudemir Viana, secretario executivo da ABPEducom e professor do Departamento de Comunicações e Artes da ECA/USP, que ressaltou aspectos sobre a educação para praticas sociais de envolvimento e atuação coletiva, de mobilização e de práticas dos direitos humanos, dentre eles, o de se comunicar com eficiência e para atender demandas públicas e privadas. 

O jovem educomunicador, Carlos Eduardo, atuante na Revista Viração junto a diversos outros jovens das periferias de várias cidades do país, também relatou sobre porque é tão importante para o jovem e para a criança exercer seu direito de voz a propósito do que lhe interessa e lhe atinge de alguma forma, e de como isso é importante para a formação da criança e do jovem. 

Deste encontro, certamente, outras oportunidades surgirão da parceria entre ações do NCE/USP, ABPEducom, Ministério da Justiça e a PUND.