Nesta quarta-feira (11), a Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom) oficializou sua integração ao conjunto de organizações alinhadas à Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) em um manifesto contra a cobertura jornalística restritiva realizada pelos principais veículos de comunicação do país sobre o genocídio praticado por Israel contra a Palestina, bem como em relação ao recente episódio do sequestro do navio Madleen por parte do governo israelense, embarcação que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, transportando um cidadão brasileiro a bordo, o ativista Thiago Ávila. 

A ABPEducom, junto a outras associações signatárias, como a Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação (ABPCOM), a Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber), a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), dentre outras, enxerga nesse cenário, em determinados aspectos, um jornalismo restritivo e desinformativo, com coberturas “recorrentemente restritivas, na medida em que omitem de seu público informações relevantes para uma melhor compreensão do debate sobre o que ocorre na região”, como destacado no documento. 

O manifesto  reivindica também a necessidade latente da valorização de um jornalismo ético, pautado pela investigação rigorosa e pela apuração qualificada, e destaca a importância de dar visibilidade a vozes que defendam a democracia em contextos marcados por ditaduras ou autocracias, reforçando a posição social que a imprensa ocupa enquanto instrumento fomentador e fortalecedor do debate público. 

Assinam o Manifesto: Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber); Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação Popular, Comunitária e Cidadã (ABPCOM);  Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom); Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (ABRAPCORP); Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (ALCAR); Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (Forcine); Rede de Estudos e Pesquisas em Folkcomunicação (Rede Folkcom); Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD); Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor); Sociedade de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPTICC)

Luís Felipe de Oliveira Scala é graduado em Educomunicação pela Escola de ​Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Por meio do Programa Unificado de Bolsas da Universidade de São Paulo ​(PUB/USP), atuou como colaborador do Núcleo de Comunicação e ​Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP). Em 2022 integrou a equipe de comunicação da então vereadora Erika Hilton, na ​Câmara Municipal de São Paulo.

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