A Diretoria Executiva ABPEducom por meio do Presidente e Vice-presidente e a Coordenadenação do NCE/USP tornam público o processo que escolheu os eleitos ao Prêmio Mariazinha Fusari de Educomunicação 2015, conforme regulamento do Prêmio, dentre três nomes apresentados para a votação pelos associados da Associação e membros do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE-USP).
Cumprido o ritual, foram eleitos:
Na categoria Pesquisador: Adilson Citelli
Na categoria Ação Institucional: Viração
Na categoria Ação Profissional: Jaqueline Moll
Adilson Citelli, Pelo conjunto da obra de pesquisar no campo da Comunicação/Educação
Possui graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1973). Na mesma instituição realizou o mestrado (1982) e o doutorado (1990), ambos na área de Literatura Brasileira. Em 1995 fez a livre docência na ECA/USP, com tese na inter-relação Comunicação e Educação. Em 2007 foi aprovado em concurso público de professor Titular junto ao Departamento de Comunicações e Artes, da ECA/USP. É docente, sob regime RDIDP, dos programas de graduação e pós-graduação da ECA/USP, onde ministra cursos e orienta dissertações e teses nas áreas de Comunicação e Linguagem, com ênfase nas sub-áreas: comunicacão/educacão, educomunicação, comunicação/linguagem. Pesquisador 1C do CNPq. Foi coordenador do PPGCOM-USP. É membro do Comitê Assessor de Comunicação do CNPq. É autor de inúmeros artigos e livros, dentre estes destacam-se: Linguagem e persuasão (Ática, 1994); Comunicação e educação: a linguagem em movimento (SENAC, 2000); Palavras, meios de comunicação e educação (Cortez, 2006); Educomunicação. Construindo uma nova área de conhecimento (Org.com Cristina Costa). São Paulo, Paulinas, 2011; Educomunicação. Imagens do professor na mídia (Org.). São Paulo, Paulinas, 2012.
Possui graduação em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Erechim (1986), Especialização em Alfabetização pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997), Especialização em Educação Popular pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1988), Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1991) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998) tendo realizado parte dos estudos na Universidade de Barcelona (1997). Atualmente é professora associada 3 da Faculdade de Educação e professora-orientadora no Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências: bioquímica da vida e saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É, também, Conselheira do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. Foi professora colaboradora da Universidade de Brasília. Trabalhou no Ministério da Educação no período de 2005 a 2013, tendo exercido as funções de Diretora de Políticas e Articulação Institucional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Diretora de Educação Integral, Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Permanente, Alfabetização e Diversidade e Diretora de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica. Foi professora dos anos iniciais do ensino fundamental e ingressou no magistério superior em 1987 como professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e da Universidade Federal de Pelotas. Seu campo de trabalho e pesquisa educacional tem ênfase na área de políticas públicas e práticas pedagógicas, dialogando e construindo formas de intervenção nos temas da alfabetização, educação de jovens e adultos, fracasso escolar, pedagogias urbanas e relações entre escola e cidade, e, educação integral. Coordenou no Ministério da Educação a implantação do PROEJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos Integrado a Educação Profissional) no período de 2005 a 2007 e do Programa Mais Educação, no período de 2008 a 2013, como estratégia para a indução da política de educação integral em tempo integral no Brasil.
E essas primeiras palavras encarnadas no projeto ganharam vida em março de 2003 a partir do slogan: mudança, atitude e ousadia jovem. Outro Paulo, desta vez brasileiro, dizia que “primeiro a gente faz, depois dá o nome”. Sim, Paulo Freire, uma das nossas fontes de inspiração, tinha razão. Fomos fazendo, sem saber ao certo onde chegar. Viração nasceu como umainiciativa pessoal e, aos poucos e logo logo, foi se tornando obra coletiva. Primeiro, como revista, com o apoio jurídico dos Missionários Combonianos e da Associação de Apoio às Meninas e Meninos da Região Sé.
Depois, o projeto foi crescendo, várias organizações foram pedindo para a gente ir irradiando nosso jeito de fazer educomunicação em outras paradas: consórcio social da juventude, escolas, ONGs, Igrejas, secretarias de governos e ministérios.
Os “Virajovens” foram se espalhando como “Maria-Sem-Vergonha” num jardim. Nesse processo, sempre acreditamos na força do “colaborativo” e do “cooperativo”. Por isso, fomos tecendo parcerias com outras organizações que também assumiam a causa de uma comunicação livre. O ambiente em que foi gerada Viração foi muito fecundo. Estávamos embalados pela grande novidade que representou o Fórum Social Mundial. Estávamos embalados pelo primeiro governo Lula. Era março de 2003. Mas não foi nada fácil chegar até aqui. Ouvimos muitos “nãos”. Foram muitos os tempos de vacas magras. Apresentávamos a Viração para potenciais financiadores e inscrevíamos projetos de sustentabilidade em diversos editais. A cada negativa, comprávamos um vaso de plantas ou flores para amenizar a frustração e transmutar o sentimento deixado pela porta fechada. Mas as portas e janelas, aos poucos, foram se abrindo. A gente foi sendo conhecido e reconhecido, no Brasil e no exterior; no ambiente acadêmico e no movimento social que defende a democratização da cultura e da comunicação. Essa pequena história de vida faz jus à própria palavra “Viração”, que quer dizer, entre tantos significados, justamente: “vira ação”, “sobreviver de forma aguerrida”, “dar certo”.E vale ressaltar que, depois de quase oito anos, continuamos sendo um processo indefinido, inacabado, em constante movimento de renovação e inovação.